segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Análise e Interpretação parte Final


Depois de 20 anos na escola
Não é difícil aprender
Todas as manhas do seu jogo sujo
Não é assim que tem que ser
Vamos fazer nosso dever de casa
E aí então, vocês vão ver
Suas crianças derrubando reis
Fazer comédia no cinema com as suas leis


Mesmo com toda a manipulação, conseguimos perceber que tudo não passava de um jogo sujo. À medida que a globalização chegou mudando nosso País, também trouxe consigo a era da informação, e com informação, ninguém mais fica alienado.  Aqui acredito também que Renato previu um futuro não tão distante, em que essas “crianças” um dia zombariam de todo o sistema, e finalmente, poriam fim à era da censura.

Análise e Interpretação parte 3

                                                  Somos os filhos da revolução
                                                 Somos burgueses sem religião
                                                Somos o futuro da nação
                                                Geração Coca-Cola

Esta estrofe, recheada de ironia, expressa uma juventude que foi massivamente exposta a todo tipo de manipulação, mas que querem lutar pela busca de sua verdadeira identidade e propósito. São subversivos, mas não há como negar que a influência que receberam é praticamente irreversível.
Por fim, ele ironiza mais ainda pondo um dos maiores símbolos do comércio internacional, a Coca-Cola, como representante dessa geração “enlatada”, mas que parece começar a despertar.

Análise e Interpretação parte 2

Geração Coca-Cola
(Legião Urbana)
Quando nascemos fomos programados
A receber o que vocês
Nos empurraram com os enlatados
Dos U.S.A., de nove as seis.

Nesta primeira estrofe, Renato mostra logo a que veio com essa canção: criticar a influência social que os EUA exerciam/exercem sobre nossa cultura. Tudo muito artificial, como os enlatados. E reitera, dizendo que essa manipulação vinha principalmente através dos meios de comunicação, como rádio e TV. Talvez isso explique a preferência da massa aos nomes e marcas estrangeiras, nossa MPB foi enfraquecida, usam roupas com palavras em inglês que, às vezes, sequer sabem o significado. Tudo como consequência dessa massiva influência.
                                  Desde pequenos nós comemos lixo
                                    Comercial e industrial
                                 Mas agora chegou nossa vez
                       Vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês
Crescemos sendo dominados e forjados na cultura norte americana. Como robôs sendo fabricados numa linha de produção, não fomos preparados para pensar, e sim reproduzir. No entanto, havia uma repulsa dos jovens por essa “americanização”. Por isso, reagiam devolvendo o lixo que receberam.

Letra da Música Geração Coca- Cola

Geração Coca - Cola 


A Legião Urbana é até hoje venerada por suas letras subversivas e críticas. Em minha opinião, era uma das bandas que mais expressava o espírito do Rock. São canções que despertam em nós o senso crítico e às vezes expressam emoções que dificilmente conseguiríamos pôr em palavras. Aliás, esse era um excelente dom que Renato Russo tinha.
Para tentar entender melhor essa música, é necessário, antes, saber o contexto cultural ao qual a mesma foi escrita em 1985. O Brasil estava saindo de um período da Ditadura Militar, e estava apresentando seus primeiros sinais frente à globalização que o alcançara.
Ao abrir as portas para o mundo, muita coisa chegou arrebatando uma geração inteira. As influências externas tiveram um grande impacto, sobretudo, mudando nossas vestimentas, nossa forma de falar, e sobretudo, nossa música.
Lembrando que essa é uma livre interpretação. Ou seja, não há nada absoluto aqui. Se você tiver uma outra opinião, esta seria muito bem vinda nos comentários. Só não pode me xingar, ok? 😉

segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Eduardo e Mônica Letra

Letra da Música 

Quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?E quem irá dizer
Que não existe razão?

Eduardo abriu os olhos, mas não quis se levantar
Ficou deitado e viu que horas eramEnquanto Mônica tomava um conhaque
No outro canto da cidade, como eles disseram

Eduardo e Mônica um dia se encontraram sem querer
E conversaram muito mesmo pra tentar se conhecer
Um carinha do cursinho do Eduardo que disse
“Tem uma festa legal, e a gente quer se divertir”
Festa estranha, com gente esquisita
“Eu não tô legal, não aguento mais birita”
E a Mônica riu, e quis saber um pouco mais
Sobre o boyzinho que tentava impressionar
E o Eduardo, meio tonto, só pensava em ir pra casa
“É quase duas, eu vou me ferrar”
Eduardo e Mônica trocaram telefone
Depois telefonaram e decidiram se encontrar
O Eduardo sugeriu uma lanchonete
Mas a Mônica queria ver o filme do Godard
Se encontraram então no parque da cidade
A Mônica de moto e o Eduardo de “camelo”
O Eduardo achou estranho, e melhor não comentar
Mas a menina tinha tinta no cabelo
Eduardo e Mônica eram nada parecidos
Ela era de Leão e ele tinha dezesseis
Ela fazia Medicina e falava alemão
E ele ainda nas aulinhas de inglês
Ela gostava do Bandeira e do Bauhaus
Van Gogh e dos Mutantes, de Caetano e de Rimbaud
E o Eduardo gostava de novela
E jogava futebol-de-botão com seu avô
Ela falava coisas sobre o Planalto Central
Também magia e meditação
E o Eduardo ainda tava no esquema
Escola, cinema, clube, televisão
E mesmo com tudo diferente, veio mesmo, de repente
Uma vontade de se ver
E os dois se encontravam todo dia
E a vontade crescia, como tinha de ser
Eduardo e Mônica fizeram natação, fotografia
Teatro, artesanato, e foram viajar
A Mônica explicava pro Eduardo
Coisas sobre o céu, a terra, a água e o ar
Ele aprendeu a beber, deixou o cabelo crescer
E decidiu trabalhar (não!)
E ela se formou no mesmo mês
Que ele passou no vestibular
E os dois comemoraram juntos
E também brigaram juntos, muitas vezes depois
E todo mundo diz que ele completa ela
E vice-versa, que nem feijão com arroz
Construíram uma casa há uns dois anos atrás
Mais ou menos quando os gêmeos vieram
Batalharam grana, seguraram legal
A barra mais pesada que tiveram
Eduardo e Mônica voltaram pra Brasília
E a nossa amizade dá saudade no verão
Só que nessas férias, não vão viajar
Porque o filhinho do Eduardo tá de recuperação
E quem um dia irá dizer
Que existe razão
Nas coisas feitas pelo coração?
E quem irá dizer
Que não existe razão?

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Outros Integrantes que não ficaram muito tempo na Legião Urbana e músicos convidados

Outros Integrantes  :

Eduardo Paraná (Kadu Lambach) - Convidado por Renato Russo para integrar a Legião Urbana, o virtuoso guitarrista tocava na banda Boca Seca e praticamente saiu da Legião por “tocar muito bem” para uma banda punk, segundo explicou o próprio Renato em entrevista à MTV. Já acompanhou diversos artistas da MPB.

Paulo ‘Paulista’ - Foi tecladista da primeira formação da banda, participando do histórico primeiro show, em um festival em Patos de Minas. Também tocou na banda brasiliense Finis Africae.

Ico-Ouro Preto - Guitarrista e irmão de Dinho Ouro Preto, vocalista do Capital Inicial. Também atuou na Legião por quase um ano, participando da composição da música Ainda é Cedo, mas não gostava dos palcos e se afastou da carreira. Hoje trabalha como fotógrafo na Europa.

Músicos convidados :

Fred Nascimento - Tocou com a Legião Urbana e Renato Russo por quase 10 anos, está nos álbuns Música para Acampamentos, As Quatro Estações Ao Vivo e Como é que se diz eu te amo. Atua no cenário musical brasileiro desde os anos 80.

Gian Fabra - Gianfranco ‘Gian’ Fabra é baixista, compositor e produtor musical. Começou a carreira em 1987 na banda Buana 4 e tocou com a Legião Urbana em shows realizados na segunda metade dos anos 90. Gian tem músicas gravadas por artistas como Biquini Cavadão e Marcelo Bonfá, entre outros.
Tavinho Fialho - Iniciou a carreira em 1978 tocando baixo na banda de Arrigo Barnabé. Em 1992 esteve na turnê de shows da Legião Urbana. Faleceu em 1993 em um acidente de carro e, nesse mesmo ano, a Legião Urbana o dedicou o CD O Descobrimento do Brasil que traz a faixa Love in the Afternoon, feita em sua homenagem.


Bruno Araújo – A partir do álbum As Quatro Estações, o baixista Bruno Araújo foi convidado para integrar o time de músicos de apoio da Legião. Tocou em gravações ao vivo incluídas nos álbuns Musica Para Acampamentos e As Quatro Estações Ao Vivo. No disco V, participa tocando contrabaixo elétrico.

Sergio Serra – O guitarrista e ex-integrante do Ultraje a Rigor, Sergio Serra, tocou em 1992 com a Legião Urbana. Algumas gravações destas apresentações foram aproveitadas no disco Musica Para Acampamentos.

Mú Carvalho – Maurício Magalhães de Carvalho foi tecladista da banda A Cor do Som, acompanhando também grandes nomes da música brasileira nos anos 70 e 80. Excursionou com a Legião Urbana em 1990, participando do álbum Música Para Acampamentos.

Carlos Trilha – O tecladista, produtor e arranjador Carlos Trilha foi convidado para tocar com a Legião após Mu Carvalho não poder participar de alguns shows. “Só fui ter noção do tamanho que a banda tinha quando fiz a primeira reunião de produção e tinham 55 pessoas”, declarou. Após um período com a Legião, arranjou e produziu junto com Renato os dois CDs solo do cantor, The Stonewall Celebration Concert e Equiliíbrio Distante.

Integrante Renato Rocha